Quem está perdido?
Sobre seriado Lost
Moramos numa ilhota de grata ignorância, circundados pelas negras águas do infinito e não nos está predestinado empreender longas travessias. H. P. Lovecraft
Se você ainda não ouviu falar de Lost, um seriado americano (da ABC, no cabo pela AXN, na aberta passa na Globo), prepare-se: com a participação de Rodrigo Santoro na temporada que estréia em Março, provavelmente haverá mais brasileiros aderindo à “lostmania”.
O Orgulho gaúcho
Reflexão sobre a auto imagem do gaúcho
Um conhecido meu ficou muito rico comprando argentinos pelo que eles valem e revendendo pelo o que eles acham que valem. Se você riu dessa história é porque não sabe que ele está pensando em diversificar e fazer o mesmo negociando gaúchos. E pior, ele acha que vai ganhar mais dinheiro ainda.
O Analista de Bagé no divã
Reflexão sobre o personagem Analista de Bagé de Veríssimo
Para um estado de forte tradição psicanalítica, que produziu importantes analistas, não deixa de ser irônico que o mais famoso deles seja uma personagem. Para quem não sabe, lá pelo início dos anos 80, Luis Fernando Veríssimo crescia como escritor, suas crônicas ganhavam o Brasil, e o empurrão definitivo para o reconhecimento nacional foi dado pelo Analista de Bagé, seguramente a personagem mais importante de sua carreira (Ed Mort e a falecida velhinha de Taubaté que me perdoem).
Quantos portugueses são necessários para trocar uma lâmpada?
Vinha um português, com sua família, dirigindo pela estrada quando um carro da polícia o faz parar. O portuga fica todo nervoso com a aproximação do guarda. -O senhor está com o porta-malas mal fechado. Diz o guarda. -Ufa! Pensei que o senhor queria me pedir os documentos que eu não tenho.
Vinha um português, com sua família, dirigindo pela estrada quando um carro da polícia o faz parar. O portuga fica todo nervoso com a aproximação do guarda.
-O senhor está com o porta-malas mal fechado. Diz o guarda.
-Ufa! Pensei que o senhor queria me pedir os documentos que eu não tenho.
Primeiro de Abril
Hoje é primeiro de abril, portanto desconfie de tudo que te digam, você pode ser o bobo da vez. Material impresso também não é confiável, lembre-se do caso do “Boimate”, quando a revista Veja copiou uma brincadeira, da geralmente sisuda revista inglesa New Science, que anunciava um novo tipo de transgênico, fundindo células vegetais com […]
Hoje é primeiro de abril, portanto desconfie de tudo que te digam, você pode ser o bobo da vez. Material impresso também não é confiável, lembre-se do caso do “Boimate”, quando a revista Veja copiou uma brincadeira, da geralmente sisuda revista inglesa New Science, que anunciava um novo tipo de transgênico, fundindo células vegetais com animais. Teriam criado um tomate não só com uma parte protéica, mas já com gosto de bife ao molho de tomate. Portanto estejam atentos, hoje não é dia de confiar em cientistas, o cruzamento de um pombo-correio com papagaio para mandar mensagens faladas está ainda longe de acontecer. Notícias arqueológicas tampouco são confiáveis, afinal, já foram anunciadas as descobertas dos braços da Vênus de Milo e a localização exata da aldeia do Asterix. Desconfie ainda de notícias políticas, a África do Sul não comprou Moçambique por 10 bilhões de dólares e, pelo que se sabe, o país não está à venda.
Tinha que ser o Mário!
Prefácio para um livro do Santiago
O Santiago todos conhecem. Aprendemos a identificar seu traço e seus personagens que nos aproximam do gaúcho que um dia fomos, nem que seja nos pagos da imaginação. Nesse livro, o seu lado de folclorista é que se agranda. Disfarçado de bom humor, o autor faz um apanhado sério, quase um dicionário de empulhas, essas perguntas e respostas chistosas de conteúdo quase sempre sexual.
O Lacaniano de Passo Fundo
O psicanalista Mário Corso entrevista, para o Cultura, Taurino Netto, conhecido como o lacaniano de Passo Fundo, patrão e fundador do Centro de Tradições Psicanalíticas Gaúchas – Proseando nos pelego
O psicanalista Mário Corso entrevista, para o Cultura, Taurino Netto, conhecido como o lacaniano de Passo Fundo, patrão e fundador do Centro de Tradições Psicanalíticas Gaúchas – Proseando nos pelego
O lacaniano de Passo Fundo
Entrevista com o Lacaniano de Passo Fundo, eminente psicanalista gaudério
O psicanalista Mário Corso entrevista, para o Cultura, Taurino Netto, conhecido como o lacaniano de Passo Fundo, patrão e fundador do Centro de Tradições Psicanalíticas Gaúchas – Proseando nos pelego
Mário Corso: O Sr foi analisado pelo Analista de Bagé, como discípulo dele, considera que a teoria do joelhaço segue válida?
Criaturas dos pesadelos
Sobre o pesadelo e suas representações monstruosas
Freud nos forneceu uma fórmula clássica para explicar a origem dos sonhos: são fabricados a partir dos nossos desejos ocultos. Os pensamentos que não deixamos vir à consciência durante o dia encontram expressão à noite. Juntamos cacos de lembranças do dia (reminiscências diurnas) com intenções não resolvidas e aí está o sonho. Ora, uma objeção óbvia a esse esquema é: como ficam os pesadelos? Afinal, desejamos nos atormentar? O que precisamos nos dar conta é que, ao contrário do que supõe o senso comum, a possibilidade da realização de nossos desejos pode nos levar mais facilmente ao inferno do que ao paraíso. A palavra “desejo” vem associada geralmente ao prazer e isso nos confunde, mas é preciso entender o Wunsch freudiano a partir de um leque maior de significados: como aspiração, intenção, voto, vontade.
Rir é o melhor remédio
Resenha do livro Seria trágico se não fosse cômico, Humor e Psicanálise
Em 2005 comemoramos o centenário de uma obra freudiana, tão essencial quanto negligenciada, Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente. Para fazer justiça a ela, um grupo de psicanalistas resolveu comemorar da melhor maneira: um livro que resgatasse a importância do tema. Assim nasceu: Seria Trágico se não fosse Cômico – Humor e Psicanálise, uma coleção de ensaios organizada por Daniel Kupermann e Abrão Slavutzky, pela Editora Civilização Brasileira. E o time ainda conta, entre outros, com Samuel Katz, Edson de Sousa, Joel Birman, Luís Claudio Figueiredo, Maria Rita Kehl, Renato Mezan, e desenhos dos chargistas Aroeira e Santiago.