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Cada criança tem seu Monstro-da-Guarda

Sobre fobia infantil

A conexão é inegável: infância e monstros andam juntos. Basta lembrar das letras das cantigas de ninar, ou olhar para os brinquedos, assistir a um pouco de TV, ler algumas histórias infantis. Lá estarão eles com suas caras feias e sua pele escamosa, rugindo, vomitando fogo ou raios cósmicos. É de pequeno que se conhece o medo, mas ele não ocorre por obra de adultos malvados que assustam as crianças para se prevalecer: os monstros comparecem ao chamado delas. A questão é discernir quando eles vêm para ajudá-las, das vezes em que o susto é fonte de sofrimento.

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19/11/05 |
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Iara: a sereia brasileira

Texto sobre a nossa sereia

Até Ulisses, guerreiro invencível e grande estrategista, viu-se mal frente aos encantos irresistíveis das sereias. Mulheres, diria ele, são mais perigosas que qualquer inimigo. Envolventes, elas não querem nada menos que tudo… Entre os diversos tipos de monstros femininos, a começar pelas bruxas (as matriarcas do território mágico), provavelmente as sereias sejam as que melhor encarnam a representação da mulher como uma cilada, aquelas cuja sedução é tão irrecusável quanto mortífera.

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10/08/05 |
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A cena primária do psicanalista

Hipótese sobre se existiria uma cena primária que predisporia alguém a ser um analista

O que faz alguém querer ser psicanalista? Essa sempre foi uma pergunta difícil, e certamente sem uma resposta padrão, provavelmente teríamos que tomar a questão de forma individual, um a um. Mas uma pergunta que poderíamos nos colocar é: existiria algum fator especial que predisporia alguém, além duma neurose tenaz é claro, a ser psicanalista?

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18/03/05 |
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O mito de Fausto

Sobre o nascimento do mito de Fausto

Fausto firmou-se como um mito moderno, nele o homem estaria disposto a perder-se para saber, para dominar a natureza e conhecer os segredos do universo. Ele representa o anseio humano pelo poder e pelo saber e também que saber é poder. Porém esta versão é fruto de uma longa jornada. Nos primeiros movimentos, quando do surgimento do mito, Fausto buscava só uma vida melhor, facilidades e riquezas, é a literatura que o vai espiritualizando, fazendo com que busque mais a ciência dos que os prazeres terrenos.

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19/08/03 |
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O psicanalista era o culpado

Comentários sobre o livro A consciência de Zeno de Italo Svevo

“A Consciência de Zeno”, de Italo Svevo, esteve muitos anos fora de catálogo. Para nossa sorte a Editora Nova Fronteira trouxe o livro de volta numa tradução bem caprichada de Ivo Barroso e um interessante posfácio de Alfredo Bosi.

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20/11/02 |
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Pobres Diabos

Texto sobre os atiradores de Washington, serial killers

A caçada ao franco atirador de Washington terminou num misto de alívio e decepção. Procurávamos um demônio e encontramos dois pobres diabos. Não será desta vez que teremos alguém que possa nos explicar o que é o mal. O bandido e seu comparsa parecem ter poucas palavras para dar conta de seu comportamento absurdo. São apenas mais uns dos tantos marginais ao sistema e com uma cota de fracassos tão iguais às de tantos outros.

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02/11/02 |
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O sonho Piratini e a identidade gaúcha

Hipóteses sobre a problemática da identidade gaúcha versus a brasileira

Existe uma fantasia que embriaga muitos de nós: o Rio Grande do Sul seria uma pátria dentro de outra pátria. A experiência farroupilha teria deixado resíduos de uma nação que, se não a fizemos de fato, ainda viveria nos pagos da nossa imaginação. Como nunca foi construída, sendo só um sonho, podemos projetar na República Piratini todo nosso anseio por uma pátria melhor: uma nação de liberdade e fraternidade. Sozinhos, livres do Brasil, teríamos feito um belo país.

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19/09/02 |
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Para onde vai o macho gaúcho?

Reflexões sobre identidade gaúcha e homossexualidade

O gaúcho e sua condição pampeana, criou para o país uma imagem de um centauro guerreiro defendendo a mais disputada fronteira do país. Um lugar rude e viril, onde as disputas eram levadas a ponta de faca. Enfim, se o Brasil teve o seu faroeste aqui foi um dos palcos.

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23/06/01 |
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Crenças e ilusões do fim do século XX

Reflexões sobre o mal estar contemporâneo

Curiosamente esse fim de século concebe-se como tendo deixado todas as ilusões para trás. Depois de séculos de religiões e superstições o homem estaria percebendo o mundo sem máscaras, assim como com as ideologias e utopias saindo de cena estaríamos mais perto de uma realidade última. 

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30/12/00 |
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Sem medo da fratria

Resenha do livro Função Fraterna de maria Rita Kehl

Existem novos sintomas referentes ao mal-estar civilizatório, isso qualquer clínico pode atestar, o que sim podemos indagar se são novas máscaras  para velhas angustias ou se temos de fato sintomas novos.  Outra forma para essa mesma questão é pensar se temos hoje novas formas de subjetivação.

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11/11/00 |
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