Zero Hora
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A melhor crônica dos últimos 15 minutos

Sobre o disco dos Titãs

O novo disco dos Titãs vem com o curioso título:  “A melhor banda de rock de todos os tempos da última semana”. O título já é bom, mas há a letra da música homônima é melhor. Começa assim: “Quinze minutos de fama/ mais um pros comerciais/ quinze minutos de fama/ depois descanse em paz” retomando a famosa frase de Andy Warrol.

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28/11/01 |
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Os normais: amor com humor

Sobre o programa humorístico Os Normais em 14/11/2001

Vani ergue a cabeça, sai do entrevero erótico, olha  o telespectador e diz: não se iluda, estou pensando em outra coisa. Rui também sai da cena e expõe suas ridículas mesquinharias. Está no ar “Os normais”, uma sátira da relação amorosa que tem cativado até o público menos televisivo.

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14/11/01 |
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Finados mas não findos

Sobre a morte

O enterro que mais nos preocupa é o nosso. Quem não fantasiou estar presente à cena de seu próprio velório para observar as homenagens de que seriamos objeto? Muitas vezes quando tristes imaginamos nossa morte como forma de suprema vingança, pois é aí que eles (os que não souberam nos amar) sentiriam nossa falta. De qualquer maneira depreende-se daí que não supomos a morte sem lhe atribuir um beijo de adeus, tão importante que por ele chegamos a imaginar morrer.

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03/11/01 |
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Harry Potter e a magia da leitura

Sobre o livro de Rowling em 10/10/2001

Agradeço a Sra. Rowling por lembrar a todos que o livro tem futuro, basta escrever a coisa certa. O mais interessante deste sucesso editorial é o pasmo com que foi recebido. Incrível,crianças lendo…

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10/10/01 |
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Todo mundo em pânico

Sobre os atentados 11 de setembro

“Inferno na Torre”, “Alien”, “Tubarão”, “Independence Day”, “Armagedon”, “Pânico”, “A Bruxa de Blair”, “O Exorcista”, a lista é infindável. Como se duas grandes guerras mundiais não houvessem nos saciado de traumas e catástrofes, produzimos o horror como forma de lazer. Por que precisaríamos cultuar os nossos medos?  

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26/09/01 |
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Crônica de uma geração

Sobre Feliz Ano Velho de Marcelo Rubens Paiva

Marcelo tinha vinte anos de idade e  deu um mergulho quase fatal, a década de 70 findava, passavam 8 anos que seu pai havia sido engolido pelos porões da ditadura. Assim que pôde, escreveu. Paralisado, teve o distanciamento necessário para contar a vida privada da juventude que cresceu no regime militar. Jovem no tom entesado, maduro como o olhar de um velho, o relato do livro é temporalmente ímpar. Escrito numa época da vida em que se fala mais do que se pensa, se pensa mais do que se entende, se faz mais do que se sente e se sente mais do que se suporta.

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05/09/01 |
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Mulheres de plástico não têm diário

Sobre o livro Diário de Bridget Jones

Toda mulher está acima do peso, é menos amada do que gostaria, menos feminina do que deveria, socialmente inadequada, mulher quando teria que ser profissional e profissional quando teria que ser mulher. Não bastasse esta apreciação pouco condescendente de si, o mesmo olhar cruel castiga o mundo: está sempre pronta a perceber o ridículo dos homens, das outras mulheres e das situações da vida.  Graças aos céus o humor existe, nele encontramos uma forma de minimizar este olhar que castiga e é então possível relaxar. O “Diário de Bridget Jones”, livro e filme, representam a consagração deste filão para as mulheres. Continue lendo…

02/09/01 |
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Encontros e desencontros segundo Claudia Tajes

Sobre o livro Dores Amores e Assemelhados

O amor deveria ser a celebração da união, mas o encontro é exceção em uma regra de solidões e mal-entendidos. Dores, amores & assemelhados, romance de Claudia Tajes, faz parte de série recente de  tragicomédias amorosas brasileiras (no cinema  Pequeno Dicionário Amoroso, na TV Os Normais), onde o amor e o sexo se despem dos véus da idealização e os mortais aprendem a conviver com o infalível ridículo.

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17/06/01 |
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Futuro do Pretérito

Pretérito sobre os filmes De Volta para o Futuro e O Exterminador do Futuro

A ficção científica é um exercício de futurologia, nisto o Exterminador do Futuro (agora na versão três) não foge à regra, mas nele a viagem é de volta. O presente que os personagens vivem na trama deste filme se apresenta como transcorrido no seu próprio passado. Na ficção raramente se viaja no tempo a passeio, via de regra o acesso a essa dimensão visa alterar alguma coisa. No passado pretenderá aprimorar seu destino (ou da humanidade, se a intenção for mais altruísta), se a jornada for para o futuro, será para colher os dados que orientem o caminho a seguir.             

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03/09/00 |
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